O nosso Tour no Algarve chega ao 18º dia e, finalmente, chegámos à costa oeste para o nosso Tour de 2 dias em Vila do Bispo. Vila do Bispo é a jóia do Barlavento Algarvio. O seu litoral faz parte do Parque Natural da Costa Vicentina e é delimitado por praias, aldeias remotas e dramáticas falésias esculpidas pelo mar.
Saí do Cascade Wellness & Lifestyle Resort em Lagos, de manhã cedo e dirigi-me para Burgau, uma pequena aldeia no lado leste de Vila do Bispo. Ao aproximar-me da aldeia, fui recebido com uma paisagem pitoresca de casas caiadas de branco e ruas estreitas.
Estacionei o carro perto do centro de Burgau e desci a colina até chegar à praia. Ao longo da orla, vi dois pescadores a remendar as suas redes e a tratar dos seus barcos. A maré estava vazia, por isso pude caminhar ao longo da praia antes da mesma encher, e quase percorri toda a extensão de areia.
Tomei um café num dos bares à beira-mar e segui para o Forte Almádena, um excelente local para admirar a costa de Vila do Bispo.
De seguida, visitei a aldeia de Salema. Semelhante a Burgau, Salema é pontilhada com casas brancas e restaurantes, que oferecem uma variedade de peixe fresco. Foi num desses restaurantes que parei para almoçar.
Foi-me recomendado O Lourenço, um restaurante tradicional de gerência familiar que é famoso pelos seus peixes e frutos do mar. Pedi um prato de robalo grelhado e ainda antes de o prepararem, trouxeram-no à mesa para ver se me agradava. Acenei como sinal de aprovação, e momentos depois, estava a almoçar um delicioso robalo.
Depois do almoço, parei na Praia da Salema, para apreciar a areia macia e as águas cristalinas à minha frente. Se esta praia estivesse situada no Centro do Algarve, estaria repleta de turistas, mas por sorte, Salema continua a ser um dos segredos mais bem guardados do Algarve.
Disseram-me que havia pegadas de dinossauros gravadas nas rochas da praia, como tal fiquei curioso para ver mais de perto. Finalmente consegui vê-las numa rocha amarela e plana, perto da escada de madeira que nos leva até à cidade.
Saí da praia, voltei para o carro e dirigi-me até à Raposeira para visitar o Menir do Padrão, uma das muitas pedras em pé situadas em Vila do Bispo. O menir tem cerca de 2 metros de altura e foi construído entre o 4º e 3º milénio aC.
Daqui segui caminho para outro local megalítico chamado Monte dos Amantes, onde descobri vários menires partidos no chão, alguns dos quais tinham símbolos gravados.
Consegui também fazer uma visita à Igreja de Vila do Bispo antes do jantar. A igreja foi construída no final do século XVI e é uma das únicas atrações do centro de Vila do Bispo. Assim que entrei, fiquei impressionado com o seu interior. Para onde quer que olhasse, havia algo que valia a pena admirar, as paredes laterais cobertas por azulejos azuis e brancos, o teto pintado e o altar dourado na parte de trás da igreja, tudo isto somado à sua beleza.
O restaurante não ficava longe da igreja, então decidi caminhar até lá. A Ribeira do Poço serve refeições caseiras desde 2002. Desde o arroz de tamboril à lula recheada e bacalhau grelhado, existem muitos pratos no menu, a parte mais difícil é escolher apenas um! Um dos pratos mais populares em Vila do Bispo são as cracas, conhecidas como “perceves”, um intrigante marisco que tem um sabor muito melhor do que a sua imagem aparenta, como estava prestes a descobrir. Para terminar, escolhi um doce de figo tradicional acompanhado de um pequeno copo de medronho.
A equipa da Iberian Escapes tratou da minha estadia e reservou-me duas noites no Martinhal Resort em Sagres. O hotel está situado à beira da Praia do Martinhal, e como tal, tinha o oceano à minha porta.
Continuamos o nosso Tour em Vila do Bispo – 2º dia, e 19º dia do nosso Tour no Algarve. O pequeno almoço foi servido no restaurante do hotel, O Terraço. Como estava uma manhã ensolarada, decidi sentar-me numa mesa no terraço, e desfrutar da vista do oceano, antes de sair do hotel para estar fora durante o dia.
Comecei a minha visita a Sagres na Fortaleza de Sagres, uma antiga fortaleza rodeada de muralhas brancas que protegiam a cidade dos ataques marítimos. Por momentos pareceu-me que estava preso numa ilha, com nada para além do oceano à vista.
Quando me aproximei de uma das beiras do penhasco, comecei a ver as praias espalhadas ao longo da costa e, mais adiante, a ponta do Cabo de São Vicente, o ponto mais a sudoeste da Europa Continental.
Atrás de mim, encontrava-se um enorme círculo marcado no chão. Inicialmente não sabia o que era, mas depois li o sinal e descobri que era uma bússola de vento usada durante a Era Portuguesa dos Descobrimentos, para ajudar na navegação.
Também visitei a pequena igreja dentro da fortaleza, Igreja de Nossa Senhora da Graça. Ao contrário da Igreja de Vila do Bispo, aqui as paredes estavam completamente vazias e a única coisa que podíamos observar, era o altar no centro da igreja.
Para o almoço, fui até ao Three Little Birds, um café tranquilo que está aberto desde 2016. O café tem o nome de uma música de Bob Marley e serve principalmente hambúrgueres e saladas. Olhando para o menu, todos os hambúrgueres pareciam deliciosos! Acabei por escolher o Hambúrguer Portobello que continha tomate, cebola caramelizada, bacon, queijo e maionese.
Com o estômago cheio, estava preparado para voltar à estrada, em direção ao Cabo de São Vicente. Pouco antes de chegar ao cabo, passei pela Fortaleza de Beliche. Enquanto que o interior da fortaleza está dentro dos limites permitidos para visitas, no exterior ainda consegui andar à sua volta e apreciar a vista, sobre os íngremes penhascos.
Finalmente, cheguei ao Cabo de São Vicente, o marco mais famoso de Sagres. Foi desse ponto exato, que os navegadores portugueses lançaram os seus barcos para o desconhecido, durante o século XV, o que em certo momento chegou a ser considerado o fim do mundo.
Enquanto esperava pelo pôr do sol, entrei no farol onde encontrei um pequeno museu, que explicava a história da navegação marítima de Portugal e do próprio farol. Lá fora, o vento soprava com tanta força que podia sentir os jatos de água do mar. Vi pessoas a reunirem-se num canto, como uma plateia a esperar que o show começasse, e resolvi juntar-me a eles. Momentos depois, o céu ficou laranja e vi um dos pores do sol mais mágicos que já tinha testemunhado no Algarve. Mesmo quando o céu escureceu, as luzes nunca desapareceram completamente, uma vez que o poderoso farol ajudava a iluminar o caminho.
Jantei no hotel, mais uma vez com vista para o oceano, mas desta vez sentei-me no interior, protegido do vento. Depois do jantar, fui para o quarto e comecei a planear a minha viagem de regresso a Faro. Decidi seguir pelo norte do Algarve e depois visitar mais algumas cidades na costa sul, antes de chegar ao aeroporto. Sendo assim a minha próxima paragem será Aljezur.
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